Sempre fui adepta da poesia,
sempre achei mais fácil escrever pequenas linhas, soltar a imaginação e deixar
meus devaneios falarem. Mas não pude resistir ao blog da Sarita, tão bem
escrito, falando de mil coisas, e pontuo coisas de mulher descolada, de bem com
a vida e que não tem o menor pudor de se mostrar. Se revelando de forma
original, falando de suas experiências, sem se importar se são experiências Cult
ou literárias. Mas sim, experiências de verdade, se dando o direito de ser
profissional, e até “mulherzinha”, (adoro esse termo), pois adoro sê-lo. Falo
de ser mulherzinha no sentido de poder falar de pequenas coisas, que talvez
para alguns possa parecer banalidades, mas como é bom poder falar da nossa
profissão, de filmes, livros, comidinhas, enfim como é bom poder falar do nosso
mundo... Para alguns pode até parecer frescura, que seja, pois ser mulher
também implica esses pequenos nuances.
Bom, mas hoje eu quero falar de
uma garota muito má. A garota de Mário Vargas Llosa, jornalista, dramaturgo e
crítico literário, nascido em Arequipa, no Peru em 1936. Confesso que sou suspeita
para falar dos escritores latinos americanos, sempre apreciei esse tipo de literatura,
digamos assim, mais caliente, humana e visceral. Cheia de cotidiano e contos da
vida privada, mas sempre cheia de personagens épicos e apaixonantes. “As
travessuras da menina má”, foi amor a primeira vista, já nas primeiras páginas,
quando Ricardito conhece as pequenas chilenitas, já não dá mais vontade de parar.
Quem são essas garotinhas, “fedelhas” que tanto excitam todos os garotos de
Miraflores? E assim começa a mais bela e
perversa história de amor que eu já conheci, digno até de uma boa análise
freudiana, o encontro da histérica com o obsessivo, a sádica e o masoquista,
mas deixemos as análises de lado. Ricardito, o bom menino tinha como projeto de
vida viver em Paris, e como é incrível poder viajar por Paris nessas páginas,
nunca estive lá, mas com toda certeza depois dessa história a cidade luz
tornou-se o quintal da minha imaginação. Depois de vários acontecimentos em sua
pequena rua, nunca mais viu sua chilenita, cheia de coquetes e mentiras. Quando
já era jovem a reencontrou em sua belíssima Paris, pois seu projeto de vida
havia se cumprido. Agora a pequena chilenita era companheira Arlete, que depois
veio a ser, Senhora Arnoux, Madame Richardson e logo depois Kuriko, mulher de
Fukuda, uma espécie de sádico japonês.O bom menino, pobre coitado nunca mais
teve paz, depois de vários encontros e desencontros, ela sempre aparecia,
enchia sua vida de alegria, mas logo partia, um bilhete, e muita tristeza. E lá
estava Ricardito, meu herói, destruído, devastado pelas travessuras da menina
má. Confesso que eu nunca imaginei um amor assim, ou talvez fosse pura patologia?
Não sei, mas que dá vontade de ler e reler, e assim poder alimentar a estranha
vontade de me encontrar com a menina má e dizer, “se liga garota, esse homem é
o amor da sua vida, deixa de histeria”! Ou então dar um sacode no Ricardito e
dizer, “cara, mulher é ser da falta, nascemos com um buraco nas entranhas, se
liga, tudo que é demais sobra”! Ufa, falei! Espero que Amodolvar um dia leia
esse texto, convide Penelope Cruz para ser a menina má e Rodrigo Santoro para
ser meu bom menino, Ricardito. Devaneios de uma boa e não tão má menina...
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Beijo.
Sarita sou blogueira e artesã, vi o link do seu blog lá no blog Bela Thinks e vim te conhecer, adorei e estou seguindo, venha seguir o meu também,http://neidecastor.blogspot.com.br/, ficarei feliz com sua participação, bjsss
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